Dos braços da Piedade a Umbanda nasceu
E nas palavras de Pai Antonio se anunciou.
Amor e caridade o povo finalmente entendeu,
Quando o amigo Sete Encruzilhadas se manifestou.
Não mais o negro será afastado,
Nem o índio proibido de seu recado dar.
O baiano virará a noite dançando abraçado
Enquanto a Moça sorri a bailar.
Com os mais evoluídos aprenderemos
E suas palavras serão bálsamos para a dor,
Aos menos evoluídos ensinaremos
Mas a nenhum renegaremos amor.,
Umbanda, Umbanda...
Menina dos olhos de Oxalá!
Umbanda, Umbanda...
Filha querida da Pietá!
Em solo brasileiro, há quase cem anos atrás, nasceu a filha dileta dos Orixás, a Umbanda. Hoje muitos a conhecem, ela se espalhou, cresceu, multiplicou-se...
A mensagem dos caboclos e pretos-velhos se expandiu, chegando ao coração daqueles que silenciosamente se sentaram para ouvir suas histórias. Pontos cantados ressoam por todos os lados e as velas colorem o brilho da noite, nos simples e aconchegantes terreiros espalhados pelo Brasil a fora...
Mas poucos são aqueles que conhecem a real história da Umbanda. Poucos entendem ou viram o desabrochar dessa linda flor... Talvez, não porque nunca se interessaram, mas sim, apenas pela singela forma como a Umbanda floresceu.
As grandes almas desse mundo passaram e passarão no anonimato. Sem alardes, sem fama, sem multidões a segui-los. Homens e mulheres, que silenciosamente trabalharam por uma vida inteira, levando o estandarte da espiritualidade e do divino dentro do peito, semeando e espalhando valores elevados de consciência.
Rostos que se misturaram na multidão, mas que por onde passaram foram luz na vida do semelhante. Filhos do altíssimo, bondosos como a primavera, sempre fazendo e levando o bem aos quatros cantos desse Universo.
Pessoas despertas para o Espírito Crístico...
O nascedouro da Umbanda se mescla com essas grandes almas. Algumas vivendo do lado invisível da vida, outras, trabalhando na matéria, mas todas, congregadas na luz de Oxalá.
É delas a Umbanda, a Umbanda foi feita por elas.
Essas almas que nunca cobraram por caridade, nem mesmo esperaram receber algo, mas que sempre sorrirão de contentamento íntimo ao poder ajudar e esclarecer um pouco o próximo.
Esses pequenos gigantes de espírito, a lutar contra a intolerância e o preconceito. Esses simples "cavalos", que a ninguém renega, mas a todos dão oportunidade de se manifestarem.
Esse lindo exército de "Zés", "Antônios", "Joãos" e "Marias"...
A Umbanda foi feita assim. A Umbanda é assim! Esses amados caboclos e pretos-velhos, esses amados "paizinhos" e "mãezinhas", sempre a levarem para frente o sonho da Umbanda, são como as flores de inverno, flores raras. Brotam solitárias no frio dos tempos, tornam-se forte com as tormentas. Nem todos as vêem, poucos as conhecem, mas existe algo nelas. Uma Presença, uma Benção, uma Luz...
Muitas foram as mãos semeadoras
Que ajudaram a Umbanda florescer,
Mas a história do menino Zélio é encantadora
Todos deveriam conhecer!
Não por ego, não por idolatria, mas por respeito,
Àquele que na Umbanda foi o primeiro.
E junto do "Chefe" abriu o caminho estreito,
Por onde outros passariam, muitas vezes esquecendo o pioneiro...
Por isso, a ele esse texto é dedicado
Assim como toda essa poesia juvenil.
Uma forma de dizer muito obrigado
Por seu trabalho tão pueril!
Umbanda, Umbanda...
Menina dos olhos de Oxalá!
Umbanda, Umbanda...
Filha querida da Pietá!
Texto dedicado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas e a seu médium, Zélio Fernandino de Morais, espíritos bondosos e amorosos, flores raras e silenciosas, a quem a humanidade tanto deve...
Fernando Sepe
Fonte: Blog do Grupo Espírita Caboclo Lírio Branco
domingo, 6 de setembro de 2009
Umbanda, Umbanda
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